Sim, é possível que a Escoliose retorne após a cirurgia, embora seja relativamente raro. A recorrência da Escoliose após a cirurgia é conhecida como “recidiva”, e pode ocorrer por vários motivos. A seguir, conheça alguns deles.
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ToggleCrescimento residual
A Escoliose é frequentemente diagnosticada durante a infância e adolescência (Escoliose Idiopática), quando o corpo ainda está em crescimento. Em casos de cirurgia realizada em pacientes mais jovens, pode haver crescimento residual da coluna vertebral após a cirurgia, o que pode levar à progressão da curvatura e à recorrência da Escoliose.
Fusão incompleta
Embora a fusão espinhal seja o objetivo principal da cirurgia de Escoliose, às vezes pode não ocorrer a fusão completa das vértebras. Isso pode deixar a coluna vulnerável à deformidade recorrente ao longo do tempo.
Compensação inadequada
Em alguns casos, o corpo pode compensar a correção da curvatura primária, desenvolvendo curvaturas secundárias adjacentes à área operada. Essas curvaturas secundárias podem progredir com o tempo e contribuir para a recorrência da Escoliose.
Fatores genéticos
A Escoliose tem um forte componente genético, e alguns pacientes podem ter uma predisposição genética para desenvolver Escoliose progressiva, mesmo após a cirurgia. Nesses casos, a recidiva pode ocorrer independentemente da eficácia da cirurgia.
Mau cumprimento das orientações pós-operatórias
A recuperação bem-sucedida após a cirurgia de Escoliose depende em grande parte do paciente seguir as instruções pós-operatórias cuidadosamente. Se o paciente não seguir restrições de atividade, não participar da terapia física prescrita ou não usar dispositivos de suporte conforme indicado, pode haver um aumento no risco de recidiva da Escoliose.
Complicações pós-cirúrgicas
Complicações como infecção, falha na fusão óssea ou problemas com implantes podem comprometer a estabilidade da coluna vertebral e contribuir para a recorrência da deformidade.
Embora a recorrência da Escoliose após a cirurgia seja possível, é importante ressaltar que a maioria dos pacientes submetidos à cirurgia experimenta correção significativa da curvatura, e desfruta de melhor qualidade de vida. O acompanhamento regular com o cirurgião e a adesão às recomendações médicas podem ajudar a identificar precocemente quaisquer sinais de recidiva e tomar medidas para gerenciar eficazmente a condição.
Precisa consultar um médico especialista em Escoliose? Marque uma consulta com o neurocirurgião, Dr. Rodrigo Yunes. Os telefones estão no topo desta página.
Experiente neurocirurgião especialista em coluna, formado em Medicina pela UNIFESP, com residência em neurocirurgia também pela UNIFESP. Autor dos livros “Desmistificando a hérnia de disco” e “Dominando o MIS TLIF”, é membro da AOSpine International. Sua clínica está localizada na Vila Mariana, em São Paulo – SP.